Marketing Jurídico e OAB: O que é se pode ou não ser feito?
O advogado precisa aprender várias coisas se pretende ter uma carreira sólida na área. Ao pensar em marketing jurídico e OAB, em primeiro lugar se pensa em proibição. Mas não é bem assim.
Em um mercado tão concorrido, é preciso pensar em uma grande variável na equação do sucesso: Uma boa estratégia.
Uma busca sobre negócios na internet gera um resultado com centenas de páginas sobre empreendedorismo.
Tudo muito lindo, mas nada que seja para o mundo do direito, cuja profissão não é mercantil e é cheia de restrições que visam a honra do profissional e da Ordem.
Por isso, é útil saber o que pode e o que não pode ser feito no momento de “vender” os seus serviços ou do seu escritório.
Existem limites legais de como o marketing jurídico deve ser feito, que seguem o Código de Ética da OAB.
Anúncios na TV ou rádio, por exemplo, não podem ser feitos. Oferecer consultoria gratuita pelo site também não. Divulgar preços e honorários tampouco.
É preciso ter bom senso, além de estar dentro das regras. Confira agora tudo o que você precisa saber sobre marketing jurídico e OAB:
O que é proibido pela OAB?
Como foi dito anteriormente, o direito não é uma atividade mercantil. Em função disso, o marketing jurídico para advogados e escritórios de advocacia é bem diferente do feito para outros tipos de negócios.
A publicidade jurídica deve ser apenas informar. Conforme o Código de Ética da OAB, se proíbe os seguintes casos:
- Fazer publicidade através de canais como o rádio, o cinema e a TV;
- Usar outdoors e outros painéis luminosos. A única exceção é quando estão em frente ao escritório de advocacia para identificar o lugar;
- Ter publicidade exposta em muros, veículos, paredes ou espaços públicos;
- Publicidade casada;
- Divulgar dados de contato em materiais que não sejam de cunho jurídico;
- Utilizar de textos e e-mails que não sejam para informar, que não tenham caráter jurídico ou que não estejam em sites jurídicos;
- Distribuir panfletos e enviar e-mails comerciais para listas de contatos;
- Postagens em blog, site e redes sociais para captar clientes;
- Criar postagens digitais, de nenhuma forma, em espaços online que não tenham cunho jurídico;
- Postar imagens de locais como um Foro ou que não tenham caráter jurídico;
- Ofertar consultas grátis em sites, mesmo que do advogado ou do escritório;
- Escolher cores que chamam a atenção na placa de identificação ou anúncio, seja impresso ou digital.
Marketing jurídico: O que é permitido pela OAB?
Ao contrário do que muitos pensam, é possível se divulgar como advogado de diversas formas.
Seja na forma de campanhas digitais ou impressas, o advogado pode mostrar suas especialidades.
Confira o que a OAB permite:
- Divulgar, em forma de publicidade, o número de inscrição na OAB, o nome dos advogados e do escritório;
- Mostrar a especialidade, o endereço físico, o endereço de email e o site, bem como o logo, imagem do local e o horário que se atende;
- Realizar postagens em meios digitais, desde que estas apenas informem e estejam em portais jurídicos, como o site do advogado ou do escritório, por exemplo;
- Ter um site para divulgar as especialidades, notícias, endereço e formas de contato;
- Criar um blog para gerar conteúdo informativo;
- Participar de seminários, premiações, palestras, entre outros, desde que o foco seja o direito;
- Estar em programas de TV e de rádio para falar sobre uma lei ou algo jurídico.
Existem regras a seguir quando se pratica o marketing jurídico. Contudo, é possível criar uma boa estratégia sem ferir as normas da OAB.
Se quer mais dicas de como fazer isso, veja este outro artigo: Como fazer marketing jurídico sem ferir as regras da OAB?
Dica de ouro: o mundo digital não se resume ao Facebook
Apesar de o Facebook ser a rede social mais famosa, ela não é a única para o marketing jurídico.
O LinkedIn, por exemplo, é uma rede social focada no mundo profissional. Ela agrega dezenas de grupos dedicados ao direito. A divulgação de artigos jurídicos é uma boa forma de interagir lá.
Faça disso uma rotina, pois é uma forma de virar se destacar no tema em questão.
Investir na produção de vídeos é outra boa ideia. O material, assim como todo tipo de publicidade, deve ser informativo. Como dicas jurídicas ou de cidadania, por exemplo. Além de postar no YouTube, estas peças podem ir para seu site ou blog, Facebook e LinkedIn.